sábado, 25 de outubro de 2014

Querer a perpetuação no poder é um viés ditatorial... #ficaadica

Recebi hoje um email de um amigo,e achei tão prudente, tão consciente  que resolvi compartilhar com minhas leitoras.

Amanhã é dia de exercer a nossa cidadania, comparecendo às urnas.


"Notícias da revista Veja sobre depoimento do doleiro Alberto Youssef estampam que Dilma e Lula sabiam de tudo, onde tudo se refere aos desvios de dinheiro da Petrobras para, entre coisas, campanhas políticas. Certamente provas precisarão ser apresentadas, mas não deixa de ser um fato relevante a afirmação de quem coloca sua liberdade em risco diante da delação premiada.

Como contraponto é importante analisar a manchete inversa: "Lula e Dilma não sabiam de nada". Parece que esta segunda afirmação é menos crível do que a primeira, pois é difícil de aceitar que tamanha e duradoura roubalheira possa ter ocorrido sem que o assunto despontasse no nível governamental sob pena de comprometer o próprio serviço de informação. E Dilma, que confirmou o fato, teria concordado com isso? É uma pergunta difícil de responder e pode até ser que não. Dilma seria beneficiada com isso? Essa é fácil de responder e, por consequência, altamente incriminatória.

Tudo precisa ser investigado livremente e todos devem ser punidos exemplarmente, independente da agremiação a qual pertençam. Entretanto, a se comprovar tais acusações, o peso maior fica para o partido que já carrega o histórico do mensalão. O impeachment, uma possível consequência, tornaria o partido inviável e os correligionários segregados da política. A vergonha os afastaria para o anonimato não antes de acusarem o mundo de golpista.

E o Brasil quer tal vergonha? Certamente não, mas não pode varrer, outra vez, para baixo do tapete tamanha sujeira sobe pena de ser confirmado como anão internacional, pária da democracia e dejeto da justiça.

Pode-se assim compreender o desespero particular de Lula, o lado negro da campanha de Dilma, que recebeu a suja atribuição de profanar o discurso com sua vaidade narcisista e a verborreia incontida. Este senhor, que deveria se comportar como ex-presidente da república do Brasil, presta-se ao submundo da difamação. Pior, acusa sem autoexame. Acusa Aécio Neves de desrespeitar as mulheres.

Lula omite que instalou no Gabinete da Presidência em São Paulo uma senhora de nome Rose que usufruía, para pouco dizer, das benesses do 'PR' como ela mesma alardeava. A mesma senhora viajava, clandestinamente, no avião presidencial e, coincidentemente, sempre que Dona Marisa não acompanhava o marido. Então Lula desrespeitou a própria esposa e desrespeitou a mãe Pátria. Alguém com esse passado não poderia ter perdido a oportunidade de ficar calado, se escondido na própria vergonha. Seus fiéis seguidores ainda vão perceber que a luta pelos pobres começou dentro da própria família, mais particularmente com o agora milionário  'Ronaldinho dos negócios', e talvez por tal qualidade tenha até recebido passaporte diplomático.

Voltando ao que interessa, o brasileiro tem em mãos o maior instrumento de manifestar seus desejos. Mesmo que Lula e Dilma tentem dividir os brasileiros em 'isso' e 'aquilo', no voto todos se igualam. É a manifestação da Democracia, da seriedade, do respeito e, acima de tudo, da tolerância. Não é pela truculência da destruição que se consolida objetivos.

Cada candidato tem valores e defeitos, mas o que está em jogo não são as pessoas e sim as instituições, no momento seriamente subjugadas. 
Os partidos que disputam a presidência declaram objetivos semelhantes, mas diferem nos meios de alcançá-los.

Ideologicamente seria ingenuidade ou miopia acreditar que aliados/coligados de Sarney, Renan, Collor, Maluf, Bardalho, Costa Neto, entre outros, representam a esquerda verdadeira. Politica sem coerência não é ideológica e sim oportunista, o mal maior. 
O presidencialismo dito de coalização coloca o caráter em teste e escancara até onde pode chegar o preço da alma.
 

Mesmo que os petistas acreditem que o PT fez tudo aquilo que diz que fez, ainda assim a alternância de governo é um bem necessário à democracia. Querer a perpetuação no poder é um viés ditatorial.

Todos devem votar com consciência, sem medo do patrulhamento, aliás nas últimas horas muito barulhento. O futuro é o mais importante e o que está em jogo são, justamente, dias melhores porque os atuais estão muito ruins."

Autor: Macieira

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